
A música sempre esteve presente na vida humana como forma de expressão, comunicação e vínculo. Nos últimos anos, seu papel como recurso terapêutico ganhou espaço na educação e na clínica, especialmente no trabalho com crianças autistas. A musicalização, entendida como a exploração dos sons, ritmos e melodias de forma lúdica e estruturada, vem mostrando resultados significativos no desenvolvimento infantil.
Para crianças no espectro do autismo, a música pode se tornar uma ponte onde a comunicação verbal ainda não alcança. Canções simples, instrumentos de percussão ou mesmo o uso da voz em atividades rítmicas ajudam a estimular a atenção, a memória e a linguagem. Ao mesmo tempo, o som abre caminhos para a expressão emocional, oferecendo um espaço seguro para que sentimentos sejam reconhecidos e compartilhados, mesmo sem palavras.
Especialistas da área destacam que a musicalização contribui também para o desenvolvimento motor, já que exige coordenação, percepção rítmica e consciência corporal. Além disso, promove interação social: cantar em grupo, responder a estímulos musicais ou participar de jogos sonoros são experiências que fortalecem vínculos, favorecem a cooperação e estimulam habilidades sociais muitas vezes desafiadoras para crianças atípicas.

O trabalho com música precisa, no entanto, ser conduzido de forma humanizada. Respeitar o ritmo da criança, adaptar estímulos a possíveis hipersensibilidades auditivas e considerar preferências musicais são cuidados essenciais para que a experiência seja positiva. A intervenção não busca forçar desempenhos, mas oferecer oportunidades de descoberta e prazer. Nesse sentido, musicalizar não significa apenas aprender notas ou instrumentos, mas viver a música como linguagem acessível que acolhe.
O Espaço Clínico Infinity, com sede em Dourados e Itaporã, têm integrado a musicalização ao atendimento multidisciplinar baseado na ciência ABA. A proposta é unir evidências científicas a práticas que valorizem a individualidade de cada criança, mostrando que a música pode ser tão terapêutica quanto afetiva.

Mais do que um recurso complementar, a musicalização se apresenta hoje como uma ferramenta que amplia horizontes para crianças autistas. Ao transformar sons em experiências, ela abre espaço para que cada criança encontre sua forma singular de estar no mundo — e, sobretudo, para que seja escutada em sua própria melodia.
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*Texto: Andress Mattos